Ontem à noite, eu passava os canais, quando uma TV estatal brasileira (já começa bem!), a TV Brasil, me informou que uma questão de extrema relevância volta a ser debatida por nossos ilustres representantes: o Leviatã deve ou não permitir que supermercados vendam remédios para os quais não se exige receita médica? Vejam só, estamos falando de medicamentos que dispensam a prescrição médica, que, por si só, quando cobrada, já é uma violência estatal contra nossa liberdade.
Agora, vamos fazer de conta que somos bem trouxas... opa, nem precisamos fazer de conta, pois somos mesmo, quase me esqueço... :-) Reformulando então: como somos bem trouxas, nós acreditamos que este debate não diz respeito, sobretudo, a mais uma ingerência indevida do governo na economia, determinando quem pode ou não concorrer em qual setor. Como bons trouxas que somos, acreditemos no discurso oficial sobre a preocupação com nossa saúde, pois ele já é suficientemente revoltante. O
Esta discussão que eu nem vi nos maiores noticiários (também, não vejo todos) acaba sendo um belo retrato do povo brasileiro. Um ou outro até reivindica, sempre incoerentemente, o direito isolado de fumar maconha ou de se unir ao companheiro do mesmo sexo, mas, em geral, ninguém dá a mínima para a tutela sistemática exercida pelo nosso Leviatã metido à supernanny. Pelo contrário, é disso que o povo gosta, é isso que o povo quer.
Exigir receita médica em um país em que médico é luxo, conseguir uma consulta só daqui a um mês é até piada
ResponderExcluir