quarta-feira, 11 de abril de 2012
Aniversário de um Golpe
Agora que a poeira sobre o aniversário do golpe militar sofrido pelo Brasil já baixou, também quero fazer uso deste precioso direito que os militares haviam nos tomado e expressar minha opinião. Eu sou incondicionalmente contra qualquer forma de ditadura, porque, para mim, a liberdade de expressão é justamente o único valor que devemos tomar como incondicional, afinal, a menos que acreditemos que valores são escritos em pedra pelo Ser supremo para toda eternidade, temos que assumir que eles são produtos da racionalidade humana, que só pode ser exercida via liberdade de expressão. Logo, nenhum valor pode se sobrepor à liberdade de expressão.
Dito isso, é evidente que eu condeno o golpe que os militares perpetraram no Brasil e, sobretudo, a forma de governo advinda desse golpe. Não faz o menor sentido que a liberdade seja suprimida como um suposto meio para sua defesa. Agora, dizer isso não implica em tomar como heróis os comunistas que enfrentaram os militares. Não é porque houve um confronto que um dos lados deve necessariamente estar certo, para que o outro esteja errado. Ambos podem estar igualmente lutando pela causa errada!
Não resta a menor dúvida de que aqueles guerrilheiros comunistas que enfrentaram os militares teriam imposto ao Brasil uma ditadura da mesma intensidade. Por que não tenho dúvidas? Ora, se querem uma evidência empírica, basta observar o modo como Fidel Castro sempre tratou seus opositores e o apreço irrestrito que nossos comunistas sempre nutriram por ele. Ademais, passando ao aspecto doutrinal, é próprio do comunismo submeter a liberdade individual ao suposto interesse comum. Ser comunista e defender a liberdade, em qualquer sentido razoável desse termo, é pura e simplesmente uma incoerência.
Assim, o que eu tenho a dizer sobre o assunto é que fico feliz em viver em um mundo livre dos militares e com comunistas já domesticados (ou mesmo convertidos?) no poder. A mim, pouco importa se a mão que me açoita é a esquerda ou a direita.
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