terça-feira, 24 de abril de 2012
Voto nulo
Face aos candidatos disponíveis, achei decepcionante que as eleições presidenciais francesas não tenham contado com maior abstenção, ou melhor ainda, maior índice de voto nulo/branco. Já fui do tipo que defende a tese do voto no menos pior, mas, hoje, entendo que essa posição apenas perpetua a situação que aí está.
Enquanto votamos sistematicamente no menos pior, ocultamos nossa insatisfação com o próprio sistema, mostramos nosso conformismo com governos economicamente incompetentes e politicamente opressores. Não importa se é um partido de extrema direita que persegue imigrantes ou um partido socialista que suprime liberdades econômicas, opressão e exploração não são privilégios ideológicos da esquerda ou da direita.
Já passou da hora das sociedades se levantarem e darem um basta ao poder dos governos federais, que não representam a ninguém, exceto por seus próprios burocratas sanguessugas, devidamente corrompidos pelas elites econômicas avessas à concorrência do verdadeiro capitalismo.
Que venha uma nova revolução francesa... mas, pelo jeito, ela não ocorrerá na França... ou ainda não desta vez ;-)
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Momento bullying:
ResponderExcluirO Lênin fazendeiro da USP, na coluna dele na Folha de hoje, xingou até o Badiou (orientador dele) por defender o voto nulo na França:
"... pregação suicida pelo voto nulo (como o fez Alain Badiou), como se estivéssemos em 68, com suas brigas entre a esquerda libertária, os comunistas e a miríade de grupelhos." http://goo.gl/weQq8
haha.
Ele apoia o lunático do Jean-Luc Mélenchon ("que levou uma batalha solitária contra os temas da extrema direita e em favor de uma sociedade mestiça") e quem não votou nele é burro.
É sempre um discurso de q o outro é maligno, então os meus, por mais defeitos q tenham, precisam ser aceitos por serem o único foco de resistência contra o mal. Aliás, o próprio governo em si ampara-se na ideologia de q, sem ele, é o caos, caímos no inferno. Bom, já estamos na m... mesmo, o q pode piorar?
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